Dinamizando, jogando com a matemática

Escrito por:
Bruna Santos, Jean Lemes, Letícia Carvalho e Patricia Carvalho


No decorrer da nossa participação no subprojeto de Matemática do PIBID-UNIFEI, tivemos a oportunidade de utilizar diferentes metodologias para o ensino. No presente relato daremos ênfase aos jogos, visto que, usando tal recurso percebemos que as aulas se tornam mais atrativas para os estudantes, podendo resultar em uma aprendizagem mais significativa. Serão apresentados os relatos do trabalho com dois jogos: Dominó de Logaritmos e Batalha Naval no Plano Cartesiano.

No ano de 2016 desenvolvemos o jogo Dominó de Logaritmos com uma turma do 1º ano do ensino médio, como uma tentativa de relembrar os conceitos de logaritmo e exponencial, pois em seguida o professor iria trabalhar com o conteúdo de Progressão aritmética e geométrica. Para tal, propusemos para à turma que jogassem o dominó convencional para se apropriarem das regras. Esta etapa foi interessante, pois alguns deles não conheciam o jogo, e  deste modo puderam se apropriar de sua dinâmica, antes de jogarem com o dominó de logaritmo. Em seguida, pedimos que os alunos, em grupos (seis), resolvessem os logaritmos e exponenciais das peças do dominó, para posteriormente jogar. Uma primeira análise feita, sobre essa prática, nos mostrou que a divisão da turma em grupos muito grandes não é uma bos estratégia. Nem todos os alunos participaram da resolução dos exercícios, o que dificultou o desenvolvimento da atividade posteriormente.


Dominó de Logaritmo

Para avaliarmos a participação dos alunos, resolvemos adotar uma espécie de ranking para os grupos que conseguiram resolver o que foi proposto, como uma maneira de incentivá-los. Além disso, seria pontuado ainda o grupo de alunos que ganhasse a partida dentro da própria equipe.
De maneira geral todos os alunos conseguiram realizar a atividade. Resolvemos após o desenvolvimento do jogo, avaliar essa metodologia com a ajuda dos alunos, e para isso aplicamos um questionário. Foi possível notar que a maioria deles achou que esse modo pode ajudar na resolução dos exercícios propostos, e ainda, ressaltaram que gostariam de mais atividade diferenciada como essa.

Durante o ano de 2017  foi proposto um novo jogo, visando relembrar os conceitos do plano cartesiano, que foram expostos no 7º ano do ensino fundamental I. Nesse sentido, desenvolvemos na turma do 1º ano do ensino médio, durante duas aulas,  um jogo intitulado Batalha Naval no Plano Cartesiano. O jogo teve o intuito de resgatar conceitos prévios, que são necessários para o ensino sobre a construção de gráficos de funções, de uma maneira lúdica.
Em um primeiro momento foram explicadas aos alunos as regras do jogo e como deveriam dividir-se, em seguida, organizamos a classe para o desenvolvimento do desafio proposto. Durante a aula os bolsistas juntamente com o professor supervisor ajudavam os alunos quando necessário. Ao longo da segunda etapa a turma demonstrou bastante dificuldade em relação aos sistemas de coordenadas, fazendo com que o objetivo da atividade se centralizasse nos questionamentos relacionados ao plano cartesiano. Ao final da atividade foi possível notar que a maioria da turma desenvolveu o que foi proposto e conseguiu assimilar algumas das características fundamentais do plano cartesiano.  

Equipes jogando com a ajuda dos pibidianos
Dupla jogando


Sendo assim, apesar das dificuldades encontradas durante a realização destes jogos, podemos perceber uma maior participação dos alunos e consequentemente uma melhoria nas notas, elucidando a necessidade de dinamizar e oferecer uma maior variedade metodológica durante as aulas.

Estudo de sólidos e escalas por meio de maquetes de monumentos históricos


ESCRITO POR:
Raquel Mendes

O estudo do conteúdo de geometria espacial estava previsto para o 4º bimestre de uma turma de segundo ano do ensino médio da E. E. Major João Pereira. Visando mudar o ambiente de aprendizagem e motivar os alunos, os instigamos a explorar o conteúdo  relacionando com o seu cotidiano. 

Assim, foi elaborado um projeto interdisciplinar que promovesse uma interface entre matemática, artes e história. Com o intuito de explorar o estudo prático das grandezas, medidas e escalas, optou-se por abordar o conteúdo de sólidos geométricos por meio da construção de maquetes relacionadas a monumentos históricos mundiais, ou locais, respeitando a conversão de medidas originais para medidas possíveis em uma maquete.

Este projeto foi desenvolvido por dois bolsistas do subprojeto de Matemática do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em parceria com o professor Supervisor Emerson. Para gerenciarmos melhor a produção das maquetes, foi definido que cada equipe teria uma divisão de funções entre os integrantes, estabelecendo papéis: redator, engenheiro civil, publicitário, arquiteto e historiador. Dessa forma, a responsabilidade da entrega do produto final foi dividida entre todos os integrantes. 

Inicialmente foram apresentados alguns monumentos históricos aos alunos, que escolheram um monumento por grupo e realizaram pesquisas sobre medidas e registros históricos que seriam apresentados para toda a comunidade escolar, juntamente com as maquetes construídas. Em seguida houve a participação de uma engenheira civil que apresentou aos alunos técnicas para a construção de maquetes e explicou sobre a elaboração de plantas e escalas métricas.

Para a apresentação na escola, as equipes confeccionaram: um banner sobre a história do monumento, a sua maquete e um pequeno guia que descrevia os cálculos de área e volume de cada sólido presente na maquete. O professor responsável pela turma, a engenheira civil e a coordenadora institucional do PIBID, participaram da uma avaliação das apresentações. A criatividade, a qualidade das produções e das explicações, e o trabalho em equipe realizado, compuseram a nota final dos alunos

Como autora e uma das bolsistas que desenvolveu este projeto com os alunos, aprendi a superar desafios e a mudar concepções. Achava que os alunos não iam gostar de fazer trabalho extra classe, e que "trabalheira"?! Não esperava que fossem se esforçar tanto e concluir o projeto com tanto êxito. Estou muito satisfeita e orgulhosa das maquetes produzidas. 


"Não coloque limites em seus sonhos, coloque fé!"