As luzes, as cores e a física: tá vendo o que eu tô vendo?

No ano de 2017, os três bolsistas de Iniciação à Docência (ID) do PIBID que compunham o subprojeto da Física foram convidados a trabalhar em conjunto com bolsistas ID dos subprojetos da Matemática e das Ciências Biológicas.  Como o subprojeto de Matemática era composto por dois professores supervisores, Professor Emerson Leandro da Cruz e Professor Paulo Sergio de Oliveira, a pibidiana Patrícia Sousa ficou com a equipe dos pibidianos do professor Emerson e eu, Flávia Freitas, fiquei com a equipe dos pibidianos do Professor Paulo.

Nesta perspectiva, foram propostas algumas atividades de cunho interdisciplinar entre a Física e a Matemática. Percebemos que nem todas foram viáveis para aplicação em sala de aula, principalmente por exigir um conhecimento matemático ainda não trabalhado no decorrer do ano letivo, como por exemplo, as atividades sobre o conteúdo "Movimento Uniformemente Variado", trabalhado no 1º ano do ensino médio, que necessita de modelos embasados no conteúdo matemático "Função do 2º grau".

Diante da necessidade de se pensar em atividades sobre tópicos da Física que usassem conteúdos da Matemática já trabalhados em sala, conseguimos desenvolver atividades do tópico "Refração da Luz", da Física, associando com o estudo dos "Sólidos Geométricos", trabalhado recentemente nas aulas de matemática, em uma turma de 2º ano. 

Para que os alunos compreendessem especificamente a relação do poliedro "Prisma", com a atividade em desenvolvimento, foi necessário que se estruturasse a intervenção proposta em 3 passos. O primeiro deles consistia numa  breve revisão sobre o tópico, de modo a relembrar as suas principais características, possibilitando assim diferenciar essa definição do Prisma da matemática com o conceito de Prisma Óptico, da Física. 

Durante a realização desta atividade, a pibidiana da física contou com os colegas da matemática participaram do processo, mostrando-se solícitos toda vez que a intervenção precisava de sua ajuda. Essa ajuda consistia em identificar características de um Prisma comum chegando-se às peculiaridades de um Prisma regular, informações necessárias para se estabelecer a comparação com o Prisma Óptico.

A seguir estão os itens da atividade desenvolvida pelos alunos.


Figura 1 - Estrutura da atividade 1 impressa


Esta atividade foi realizada em duplas e os alunos puderam consultar apenas os pibidianos presentes, sem material auxiliar do caderno. O principal objetivo com esta atividade era perceber o que eles haviam entendido sobre este sólido, além de explorar um pouco sobre o que sabiam acerca do fenômeno de refração da luz, (se conheciam e /ou já tinham ouvido falar). 

Dando seguimento às atividades, a próxima se deu em duas frentes. A primeira frente  foi uma aula sobre Cores,Luz e  Refração. Ao planejar a aula, utilizou-se vários recursos visuais, como forma de chamar a atenção dos alunos, mas também tornar o conteúdo mais acessível e interativo. Para tanto, foi utilizada uma apresentação com slides do Power-point.

Para finalizar a discussão sobre o significado do Fenômeno de Refração, foi apresentado aos alunos um filme de animação de curta duração (abaixo), da série “De onde vem?” na qual a personagem principal se pergunta o que é refração, obtendo sua resposta e como ela acontece, de maneira lúdica.




Na segunda frente da atividade, os alunos, após assistirem a um vídeo sobre uma sugestão de experimento de Ótica do canal “Manual do Mundo”, do Youtube, foram instigados a procurar experimentos de óptica e reproduzir um deles aplicando seus conhecimentos sobre Física e tudo o que havia sido lhes apresentado até então. 






Para auxiliar nesta confecção, foi disponibilizado para eles um roteiro contendo algumas perguntas a serem respondidas após a realização do experimento, Em relação a este assunto, os alunos tiveram duas sugestões de experimento, um sobre refração da luz proposta por Isaac Newton (disco de Newton) e um sobre difração da luz, experimento com objetivo oposto ao disco de Newton, ilustrado pelo vídeo acima. 

Figura 2 - Estrutura da atividade 2 impressa

A atividade como um todo foi bastante produtiva, os alunos além de se envolverem com afinco nas atividades, produziram os experimentos conforme o esperado. Em sua grande maioria, a revisão realizada na primeira atividade mostrou que apesar de ainda não terem estudado o fenômeno de refração apresentavam uma concepção muito próxima da correta não só sobre o fenômeno mas sobre o que é luz e o que são as cores. 

Essa atividade, embora não colocasse de forma tão explícita o diálogo entre os conteúdos de física e da matemática, trouxe para nós uma oportunidade clara de como é viável construir atividades de maneira conjunta. A física inúmeras vezes está fundamentada em um rigor matemático, porém é com o auxílio dela que se torna possível enxergar as relações intrínsecas entre os fenômenos físicos.

Dinamizando, jogando com a matemática

Escrito por:
Bruna Santos, Jean Lemes, Letícia Carvalho e Patricia Carvalho


No decorrer da nossa participação no subprojeto de Matemática do PIBID-UNIFEI, tivemos a oportunidade de utilizar diferentes metodologias para o ensino. No presente relato daremos ênfase aos jogos, visto que, usando tal recurso percebemos que as aulas se tornam mais atrativas para os estudantes, podendo resultar em uma aprendizagem mais significativa. Serão apresentados os relatos do trabalho com dois jogos: Dominó de Logaritmos e Batalha Naval no Plano Cartesiano.

No ano de 2016 desenvolvemos o jogo Dominó de Logaritmos com uma turma do 1º ano do ensino médio, como uma tentativa de relembrar os conceitos de logaritmo e exponencial, pois em seguida o professor iria trabalhar com o conteúdo de Progressão aritmética e geométrica. Para tal, propusemos para à turma que jogassem o dominó convencional para se apropriarem das regras. Esta etapa foi interessante, pois alguns deles não conheciam o jogo, e  deste modo puderam se apropriar de sua dinâmica, antes de jogarem com o dominó de logaritmo. Em seguida, pedimos que os alunos, em grupos (seis), resolvessem os logaritmos e exponenciais das peças do dominó, para posteriormente jogar. Uma primeira análise feita, sobre essa prática, nos mostrou que a divisão da turma em grupos muito grandes não é uma bos estratégia. Nem todos os alunos participaram da resolução dos exercícios, o que dificultou o desenvolvimento da atividade posteriormente.


Dominó de Logaritmo

Para avaliarmos a participação dos alunos, resolvemos adotar uma espécie de ranking para os grupos que conseguiram resolver o que foi proposto, como uma maneira de incentivá-los. Além disso, seria pontuado ainda o grupo de alunos que ganhasse a partida dentro da própria equipe.
De maneira geral todos os alunos conseguiram realizar a atividade. Resolvemos após o desenvolvimento do jogo, avaliar essa metodologia com a ajuda dos alunos, e para isso aplicamos um questionário. Foi possível notar que a maioria deles achou que esse modo pode ajudar na resolução dos exercícios propostos, e ainda, ressaltaram que gostariam de mais atividade diferenciada como essa.

Durante o ano de 2017  foi proposto um novo jogo, visando relembrar os conceitos do plano cartesiano, que foram expostos no 7º ano do ensino fundamental I. Nesse sentido, desenvolvemos na turma do 1º ano do ensino médio, durante duas aulas,  um jogo intitulado Batalha Naval no Plano Cartesiano. O jogo teve o intuito de resgatar conceitos prévios, que são necessários para o ensino sobre a construção de gráficos de funções, de uma maneira lúdica.
Em um primeiro momento foram explicadas aos alunos as regras do jogo e como deveriam dividir-se, em seguida, organizamos a classe para o desenvolvimento do desafio proposto. Durante a aula os bolsistas juntamente com o professor supervisor ajudavam os alunos quando necessário. Ao longo da segunda etapa a turma demonstrou bastante dificuldade em relação aos sistemas de coordenadas, fazendo com que o objetivo da atividade se centralizasse nos questionamentos relacionados ao plano cartesiano. Ao final da atividade foi possível notar que a maioria da turma desenvolveu o que foi proposto e conseguiu assimilar algumas das características fundamentais do plano cartesiano.  

Equipes jogando com a ajuda dos pibidianos
Dupla jogando


Sendo assim, apesar das dificuldades encontradas durante a realização destes jogos, podemos perceber uma maior participação dos alunos e consequentemente uma melhoria nas notas, elucidando a necessidade de dinamizar e oferecer uma maior variedade metodológica durante as aulas.

Estudo de sólidos e escalas por meio de maquetes de monumentos históricos


ESCRITO POR:
Raquel Mendes

O estudo do conteúdo de geometria espacial estava previsto para o 4º bimestre de uma turma de segundo ano do ensino médio da E. E. Major João Pereira. Visando mudar o ambiente de aprendizagem e motivar os alunos, os instigamos a explorar o conteúdo  relacionando com o seu cotidiano. 

Assim, foi elaborado um projeto interdisciplinar que promovesse uma interface entre matemática, artes e história. Com o intuito de explorar o estudo prático das grandezas, medidas e escalas, optou-se por abordar o conteúdo de sólidos geométricos por meio da construção de maquetes relacionadas a monumentos históricos mundiais, ou locais, respeitando a conversão de medidas originais para medidas possíveis em uma maquete.

Este projeto foi desenvolvido por dois bolsistas do subprojeto de Matemática do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em parceria com o professor Supervisor Emerson. Para gerenciarmos melhor a produção das maquetes, foi definido que cada equipe teria uma divisão de funções entre os integrantes, estabelecendo papéis: redator, engenheiro civil, publicitário, arquiteto e historiador. Dessa forma, a responsabilidade da entrega do produto final foi dividida entre todos os integrantes. 

Inicialmente foram apresentados alguns monumentos históricos aos alunos, que escolheram um monumento por grupo e realizaram pesquisas sobre medidas e registros históricos que seriam apresentados para toda a comunidade escolar, juntamente com as maquetes construídas. Em seguida houve a participação de uma engenheira civil que apresentou aos alunos técnicas para a construção de maquetes e explicou sobre a elaboração de plantas e escalas métricas.

Para a apresentação na escola, as equipes confeccionaram: um banner sobre a história do monumento, a sua maquete e um pequeno guia que descrevia os cálculos de área e volume de cada sólido presente na maquete. O professor responsável pela turma, a engenheira civil e a coordenadora institucional do PIBID, participaram da uma avaliação das apresentações. A criatividade, a qualidade das produções e das explicações, e o trabalho em equipe realizado, compuseram a nota final dos alunos

Como autora e uma das bolsistas que desenvolveu este projeto com os alunos, aprendi a superar desafios e a mudar concepções. Achava que os alunos não iam gostar de fazer trabalho extra classe, e que "trabalheira"?! Não esperava que fossem se esforçar tanto e concluir o projeto com tanto êxito. Estou muito satisfeita e orgulhosa das maquetes produzidas. 


"Não coloque limites em seus sonhos, coloque fé!"


PROBABILIDADE COM O JOGO GENERAL

 ESCRITO POR:
Lígia, Patrick e Paula

  
Com o tema probabilidade previsto para o segundo semestre de 2016, buscou-se uma alternativa para levar o conteúdo de uma maneira diferenciada aos alunos de 2º ano do professor supervisor Paulo.

Surgiu então a ideia de se utilizar o jogo GENERAL e para isso, os pibidianos trabalharam na elaboração de um roteiro que possibilitasse uma introdução ao conteúdo de probabilidade.

Num primeiro momento, levou-se o jogo para que os alunos o conhecessem e aprendessem as regras. Foram aulas muito agitadas, os alunos interagiram muito e se mostraram dispostos a jogar.





Para introduzir a probabilidade os pibidianos reduziram o jogo, o qual passou a ser chamado Mini-GENERAL. Durante a intervenção os alunos eram instigados a descobrir conceitos  e dessa forma conseguir chegar em resultados fundamentais para entender o conteúdo.







Dominó de Logaritmo


No subprojeto de Matemática do PIBID-Unifei, temos buscado dinamizar as aulas e torná-las mais atrativas aos alunos. Em 2016, logo após o professor regente, Paulo Oliveira finalizar o conteúdo de Logaritmo no 1º ano 17 da Escola Estadual Major João Pereira, nos planejamos para levar um jogo, o dominó de logaritmo, para fixar as propriedades das operações.

Em nossa reunião semanal decidimos que Fran e Giovana construiriam o dominó e que Paula, Patrick e Giovana levariam para a sala de aula.

Dominó de Logaritmo
No dia de jogar, os alunos foram levados para o refeitório e lá foram divididos em equipes de 6 pessoas, cada equipe com um jogo.

Equipes divididas para jogar
Apesar de o intuito inicial ter sido a fixação de conteúdo, os alunos apresentaram dificuldade em fazer as operações necessárias para encaixar as peças do jogo. Assim, ele acabou servindo também como pretexto para relembrar as propriedades e realizar novos exercícios. 

Nós, pibidianos que estávamos acompanhando a turma, juntamente com o professor Paulo, auxiliamos as equipes a relembrarem as propriedades e a resolverem os exercícios necessários para realizarem o jogo.


Alguns pibidianos auxiliado os grupos
Equipe jogando


Apesar das dificuldades, a grande maioria dos alunos se envolveu com o jogo e pode revisar conceitos importantes. 

OS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS NO COTIDIANO


  ESCRITO POR:
Lígia, Patrick e Paula

  
Você já parou para pensar que os sólidos geométricos estão por toda parte? É isso mesmo! E é com essa pergunta que nós convidamos os alunos do 2° ano do Ensino Médio a aprenderem geometria espacial.


Em 2015, o projeto denominado “Geometria Espacial e os Sólidos”[1] solicitou que os alunos, divididos em grupos, pesquisassem e trabalhassem na criação de um vídeo mostrando os sólidos geométricos, suas propriedades e onde podem ser encontrados no cotidiano. O projeto despertou muita criatividade, aliada é claro, com seriedade e clareza nas informações sobre cada tema. Os alunos do 2°10 foram os protagonistas desta história! 

No segundo semestre de 2016 essa história se repetiu, e os alunos do 2ºE, divididos em grupos, também elaboraram vídeos e realizaram uma apresentação sobre os sólidos geométricos no cotidiano. Com muito comprometimento e criatividade, eles se saíram muito bem nesta segunda edição do projeto! 







[1] Este projeto foi originalmente criado pela Professora Thaís de Oliveira, atualmente efetiva no IFSP de São João da Boa Vista.


Gostaríamos que esta experiência pudesse ser revivida em outras salas de aula, de muitas outras escolas, e para isso disponibilizamos  o roteiro com as orientações entregues aos alunos e também o planejamento didático da proposta de intervenção.



Este é o modelo do relatório que os alunos fizeram ao final do projeto.

Contem pra gente se essa experiência chegar em outros lugares, ok?

MATEMATICANDO: O REFORÇO



Responsáveis: Todos os pibidianos e supervisores

É comum notar alunos no Ensino Médio com dificuldades em processos aritméticos de multiplicação, divisão ou até mesmo adição algébrica de números inteiros, assim como alunos sem nenhuma noção de como solucionar uma simples equação do 1º grau. Essas dificuldades são refletidas nos resultados das avaliações tanto internas quanto externas da escola.

Com a autoestima em baixa, os alunos que apresentam essas dificuldades começam a concluir que não são capazes de aprender, que não conseguem mais nada e assim decidem por não fazer os trabalhos propostos pelos professores, tornando-se alunos desinteressados, desmotivados, geralmente se excluindo dentro da própria sala de aula.
Estes fatos dificultam ainda mais o processo da aprendizagem, considerando que o aluno deve ser o principal interessado em aprender. Segundo Barrère (1997, apud Dubet 2003, P. 41)
Os alunos mal sucedidos descobrem pouco a pouco que seu trabalho “não se paga”, que eles não conseguem obter resultados honrosos apesar de seus esforços. Descobrem que as exigências dos professores quanto ao “trabalho insuficiente” são apenas um modo de proteger a dignidade deles. Descobrem assim que os esforços para remediar não são eficazes. Então os alunos decidem não mais fazer o jogo, não mais participar de uma competição na qual eles não têm nenhuma chance de ganhar. Eles se abandonam ao ritualismo escolar, ao respeito exterior das regras escolares ao mesmo tempo em que se liberam subjetivamente de qualquer envolvimento escolar.

Por mais que tentem, sempre falta um elo entre o conteúdo estudado e o que ele vive cotidianamente. Nota-se que algo ficou para trás no decorrer dos anos vividos de escola. Nesse sentido, é preciso resgatar esses alunos, proporcionando momentos para que recuperem o que não foi realmente aprendido em anos anteriores, além de proporcionar situações para que se reencontrem no processo de sua construção do saber, do conhecimento, ligando novamente esses elos perdidos.
Tendo em vista esta problemática e o grande número de alunos do Ensino Médio que apresentam baixo desempenho em matemática, a supervisão da Escola Estadual Major João Pereira, propôs aos licenciandos do Pibid desenvolver um projeto de reforço escolar a fim de minimizar tais problemas, o que foi prontamente aceito por eles.
         
         As aulas de reforço ocorreram na própria escola, no horário das quintas aulas em todos os dias da semana. O projeto foi desenvolvido pelos próprios pibidianos com apoio dos professores supervisores do Pibid e da supervisora da escola, Ana Maria.
O presente projeto buscou minimizar as deficiências em Matemática apresentadas pelos alunos do Ensino Médio, para que pudessem prosseguir seus estudos no ano letivo.


METODOLOGIA

Diante de tamanho desafio, nos colocamos à disposição dos alunos com defasagem nos conteúdos básicos para os estudos do Ensino Médio, permanecendo na escola dentro dos horários previstos. A seguir, apresentamos o cronograma dos atendimentos e os responsáveis.


RESULTADOS
Embora a proposta fosse levar materiais diferenciados para resgatar os elos perdidos, ou seja, ressignificar conceitos que não foram compreendidos nas séries anteriores, os pibidianos trabalharam prioritariamente no atendimento às dúvidas mais urgentes dos alunos. Mesmo com as aulas planejadas, em muitas delas os alunos pediam aos pibidianos que tirassem dúvidas sobre a matéria apresentada pelo professor da sala naquela semana. Estas dúvidas sempre foram acolhidas e sanadas para todos os presentes, porém esse movimento impediu o desenvolvimento cabal do planejamento.

Assuntos efetivamente trabalhados

Progressões Aritméticas, Progressões Geométricas, Números Complexos, Estatística (Medidas de Tendência Central), Geometria Plana (Áreas e perímetros de Polígonos) e Geometria Espacial (Sólidos - áreas e volumes). Noções sobre Conjuntos, Polinômios (operações fundamentais e Grau de um Polinômio).

Algumas imagens do desenvolvimento das aulas:




CONSIDERAÇÕES

Um dos problemas enfrentados pelos pibidianos foi a falta de regularidade na frequência dos alunos nos atendimentos. Em épocas das provas de matemática, a presença era maciça, superando inclusive o número máximo de alunos por turma, no entanto, em outras, a baixíssima frequência era sentida como vemos na imagem comparativa abaixo:

Mesmo assim, muitas dúvidas sobre conteúdos de anos anteriores puderam ser sanadas nessas aulas de reforço. Por não serem aulas vinculadas ao "ganho de pontos", consideramos que a participação espontânea dos alunos foi muito boa.
Para os próximos ficam as aprendizagens dessa experiência. Talvez um possível caminho seja, junto com a supervisão da escola, fazer uma grande conscientização da importância do reforço na vida escolar do aluno, para que ele deixe de ser entendido como um “castigo aos mais fracos”, passando a ser valorizado como espaço de aprendizagem para todos aqueles que se encontram em situação de fracasso, a qual pode ser superada.


Oficinas: De olho no ENEM 2016!



No segundo semestre do ano de 2016 as pibidianas Fran e Giovana realizaram cinco oficinas voltadas para o Enem no 3º ano do Ensino Médio, contemplando assim uma revisão dos principais conteúdos recorrentes nas provas de matemática. As oficinas, descritas logo a seguir, foram inspiradas no projeto realizado por outros dois colegas em 2015, ampliando a proposta com simulados e jogos online. O material pode ser acessado nos links disponíveis ao longo do texto.

1ª Oficina: Jogo das Medidas

A primeira oficina foi realizada na forma de competição entre grupos com sete alunos e seu  objetivo era trabalhar com estimativas, conversões de medidas e regras de três, tudo no tempo estipulado de um minuto. A reação dos alunos foi positiva, já que todos participaram e se envolveram na competição. À medida que íamos fazendo as perguntas e o tempo passava, os alunos conversavam entre si para tentar responder e, muitas vezes, começavam a fazer uma conta. Quando viam que não dava tempo, se dividiam pra resolver. Após o tempo acabar, todos levantavam a plaquinha com a resposta e aí o professor supervisor Paulo comentava sobre cada resposta que eles deram. Em seguida, mostrávamos a resposta correta e comentávamos sobre ela comparando com as respostas dadas pelos alunos. As respostas dos alunos eram tomadas pelo professor como ponto de partida pra  revisar os conteúdos, de modo que os alunos tentassem compreender os erros e os acertos da sua equipe.



2ª Oficina: Regra de Três

Na segunda oficina realizamos mais uma competição, abordando desta vez o conceito de Regra de três simples e composta, além de números diretamente e inversamente proporcionais. Para isso, dividimos a turma em 5 grupos e eles tinham três minutos para resolver problemas abertos e de múltipla escolha, de edições anteriores do ENEM.
A atividade fluiu muito bem de início e os alunos não tiveram dificuldade com a regra de três simples. Porém, encontraram dificuldades quando tinham que relacionar grandezas inversamente proporcionais, na regra de três composta. Esse não foi um motivo para desanimar os alunos, uma vez que os mesmos se emprenharam e tiveram a ajuda do professor supervisor para esclarecer os seus erros e dúvidas após contabilizarmos a pontuação das equipes.
No fim, percebemos que mesmo o nível de acertos sendo baixo, pudemos observar motivação e uma boa participação dos alunos nestas primeiras oficinas, visto que todos os grupos queriam ganhar e sabiam que, ao mesmo tempo, estavam aprendendo.




3ª Oficina: Geometria Plana e Espacial

Nesta oficina trabalhamos com uma sequência de atividades, na qual tínhamos o intuito de revisar o conceito de Geometria Plana e Espacial. 
Iniciamos pelo conteúdo de Geometria Plana através da construção do Tangram, por meio de questões norteadoras para a exploração e construção de suas peças através de dobraduras. A partir de cada dobradura proposta, com a ajuda do professor Paulo, íamos fazendo a revisão sobre o conceito de Geometria Plana envolvido, sempre com os alunos participando e dando suas respostas e opiniões antes da revisão formal. 
Após concluirmos a construção das sete peças do Tangram, pedimos que os alunos se sentassem em dupla para entregar o restante do roteiro de atividades. A primeira atividade consistia em desafios com as peças do Tangram, sendo que estes desafios levavam os alunos a pensar sobre as características e classificações das figuras planas que acabávamos de revisar, como podemos ver na imagem a seguir:



De maneira geral, percebemos que os alunos gostaram e sempre nos perguntavam como iam resolver aquele desafio. Ficavam intrigados com as questões e como não nos lembrávamos de cor as soluções acabou sendo um momento de aprendizagem mútua, pois sentávamos ao lado deles para ajudar e íamos construindo, tentando juntos. Acredito que este momento serviu para nos mostrar que não é só o professor quem detém o conhecimento, e sinceramente não nos importávamos em dizer a eles que não lembrávamos como resolver os desafios, mesmo que já tivéssemos feito inúmeras vezes os mesmos desafios.
Esta oficina propiciou a revisão de alguns conceitos básicos da Geometria Espacial a partir de problemas do ENEM, realizados em duplas. Ao final deste momento, pedimos que os alunos socializassem suas respostas, de modo que os demais pudessem debater ou questionar as resoluções de seus colegas. Percebemos que os alunos se evolveram na resolução  e, principalmente, na socialização dos mesmos.

Link das questões norteadores para a construção do Tangram:

4ª Oficina: Simulado Online do ENEM

Na quarta oficina levamos os alunos para o laboratório de informática da escola para que eles realizassem um simulado online do ENEM, o qual era composto por questões do ENEM de anos anteriores e, após marcarem alguma alternativa, aparecia qual era a resposta correta, além da explicação matemática por trás da resolução.
Com isso, os alunos que ainda não conheciam, puderam ver que há diversos simulados online sobre o ENEM, incluindo vídeo-aulas explicativas sobre cada questão. Os alunos gostaram bastante, e apenas dois grupos não realizaram a tarefa com muita seriedade.
É importante mostrar que há ferramentas online para que eles possam ter autonomia nos estudos, visto que alguns alunos realizam outras atividades no contra turno (seja curso técnico ou trabalho remunerado), e a internet é uma ferramenta que pode auxiliá-los nos estudos, pois muitas vezes eles esquecem disso e acabam mexendo apenas em Facebook, rs.




5ª Área e Perímetro de figuras planas

No mesmo dia que realizamos o simulado online do ENEM, os alunos acessaram uma plataforma da Universidade do Colorado (phet.colorado.edu), na qual há vários jogos online que abordam conceitos matemáticos e sobre a ciência, que são desenvolvidos nos cursos de licenciatura da universidade em questão.
O jogo que propusemos abordavam conceitos de área e perímetro de figuras planas, e ao mesmo tempo trabalhavam frações e proporção, conteúdos muito exigidos nas provas do ENEM. O jogo avança de acordo com o seu conhecimento e eles adoraram!
Indicamos todos os jogos do site, pois dá para se trabalhar com todas séries e diversos conteúdos. Este é o link do site: https://phet.colorado.edu/pt_BR/ e este o link do jogo utilizado nesta oficina: https://phet.colorado.edu/sims/html/area-builder/latest/area-builder_pt_BR.html

Encerramos o projeto desejando que eles tenham um futuro muito promissor!